Todo homem tem o direito de ser real e não papel
Mas o real está no papel, a gente compra a vida
Escraviza, seca e encena, em cena triste e insiste
Onde é que as folhas deste outono Não residem?
Onde a vida abriga o vento que não as carrega para lá?
Onde os alquimistas transformam tudo em ouro
Esperando o dia santo em que os anjos venham lhe contar
Que o ouro não vale mais que essas folhas
As quais jamais partiram ao seu encontro
Pois enquanto a gente fica e sonha mais um sonho perfeito
A vida segue seu rumo mesmo sem o vento