Liberdade esta pela hora da morte o seu preço
Na verdade você é só mais uma palavra presa ao contexto
De um podre, velho e modorrento enredo
Que encenamos por imaginação morta e falsos desejos
Dessa vida vazia e vegetal regada pelos cuidado desta mídia vadia e animal
Desse meio devasso, vulgar e boçal devaneio de mimo patético capital
Acordo assustado com os olhos calados e monocromáticos como as mortes no jornal
O infinito no escuro sussurra e insinua o abstracionismo real como um réquiem ou ritual
Essas mentes retangulares cada vez mais finam
Esses nobres miseráveis cada vez mais penam
Esses pobres cadáveres que nascem em escalas e morrem em valas
Esses dias que se repetem cheios de nada
Do cotidiano podre de uma sociedade acomodada
E tudo o que os prédios santos edificam é uma humanidade grata
Obrigado pela artificialidade das soluções rápidas
Obrigado por alienar os verdadeiros senhores da fábrica
Obrigado pelo passado de sangue e segregação de raças
Obrigado pelo mac donalds alimentar crianças obesas e a fome na África
Obrigado também pela injustiça a margem de nossas casas
A merda que do topo da pirâmide é cagada, sim obrigado caixa que fala
Por permitir que nossas mentes sejam o destino de vossa descarga
Obrigado pelo mau cheiro e pelo mau gosto, obrigado
Por nos mostrar como é a vida, mas só podemos existir
Obrigado por conceituar felicidade mas só há doses de ser feliz…