Debate nas grades do peito
O prisioneiro
Que segue a sina
De ser sempre herdeiro dos mesmos erros
De aqui se pagar
Mesmo sem ter feito
E ter que cessar
Mesmo em desejo
Mais ainda da boca só
Resta o silencio
E olhos sem honra
Um paladino por despeito
Saber o que é bondade
Saber o que é respeito
Saber que o certo
Não é o que tenho feito
E esse olhar tem segredos
Este brilhar ainda
Reluz como lustro negro
Sem cessar e nenhum receio
Sabendo o que dizer
Sabendo como falar
Vendo o alvo esquivo e se calar
Vendo o real desmaterializar
A certeza valendo nada
As apostas e oportunidades canceladas
O mesmo infinito vazio
Da mesma estrada
Um paladino na hora errada
Muito bom é pouco por nada
Muito é poucas palavras
E palavras para o prisioneiro não é nada
É só mais um crime alheio
Assistido da arquibancada
Um tiro certeiro
Na vitima errada
Saber o que é tudo
E saber o que é nada
Não sei se essa canção
Permanecera calada…