O que Newton disse

Dizem que Newton disse
Que o que subiu tem que descer
Mas esquecem de dizer
O que Newton disse
E dito merece ser
Newton disse que “construímos
Muros de mais e pontes de menos”
Isso não era física não
Era subjetivo era emoção
Filosofia para nossa compreensão
Quem somos, será que isso importa?
Não, o importante é o que fazemos
E não o que perguntamos, o importante
É agir mesmo que seja calado
Certas palavras não nos levam adiante
Só nos jogam em algum lado
E nas poucas pontes que nos sentimos assegurados
E parecemos animais empoleirados
Um dia a estrutura racha
E você vê que a dor da árvore ao ser cortada
E sentir o cabo do machado de madeira e não borracha
Preste atenção estou falando
Das pessoas que você pensou que confiava
De quem te traiu muitas vezes por nada
Vamos derrubar os muros
E construir pontes solidificadas
De amizade, amor, compaixão
E mais nada
O que digo agora
Newton já falava
Vou ter esperança
Assim como ele esperava…

MUITO ANTES

Hoje eu vi os pássaros
Em um curto
Limite de aproximação
Com os olhos segui seus passos
Com meus pensamentos
Seus rasantes próximos ao chão
Por não ver asas nos oriundos
Dessa ultima geração
Me sinto inseguro
Mas não penso em voar não
Vão ter que me suportar
Por um tempo sem medição
Um canário que tem a chave da gaiola
Mas sem mãos não consegue desencadear-se
E sentir-se liberto, do tempo em que a dor cantasse
E os tolos atenção ao pranto prestassem
A beleza de tudo aquilo que nasce
Nada seria algo se de tudo nada transformasse
Fazia-se, o que era alheio
Sem notar as peças soltas contidas no meio
E sua ingenuidade é tão grande
Que o coringa do topo da arvore
É a carta apartada de seu baralho
Não desde a luta com os galhos
Vem de muito antes
Não difame meus erros os faço por certo
Sua mente infame caminha com a iguinorancia
Por perto, longe da infância
Do que nasceu e era belo
O futuro incerto agora
É tudo o que espero
Sair da mesmice
Nem que seja para deixar
O nadir na base do berro

LUZES DA RIBALTA

Desisto
Daquilo que não tomei lado
Em outro balanço, outro timbre
Agora me embalo
Fico pasmo
Quando quero dizer
E não falo nada
Diferente dos olhos
Que minha mente firmava
Agora sincero o que outrora
Reluzia mas não brilhava
E já não sei no que penso
Nos meus devaneios de madrugada
Será verdadeira essa minha sinceridade
Ou eu voltarei atrás, com um laço cortado
Eu tenho mesmo consciência do que sinto?
E mais uma vez encontro o que havia procurado
Todas as minhas verdades
Me disseram que minto
Mas é tão fácil que não acho graça
Nisso que até parece não ser errado
Não sou a temperança em pessoa
Só não rio do que não me vale uma risada
Mas não apoio todos esses sintomas
Tenho minhas opiniões já indagadas
Mas este é meu novo rumo
Para a quem agora escrevo e já esperançava
Na sombra das luzes da ribalta
Farei uma bela e breve serenata…

Insincero

Desculpe se eu
Não fui o que
Esperava de você
Desculpe por você
Não me dizer aquilo
Que não conseguia fazer
Perdoe minhas palavras
Sei que elas não lhe dizem
Nada
Foi quando eu parei
E prestei atenção
Que eu me perdi
Não me tire daqui
Entrei por você
Sairei por ti
Desculpe se não fui sincero
Quando eu me esqueci
Que mentiras eu espero
Não me tire daqui
Entrei por você
Sairei para ti
Mesmo sabendo
Que não aprendi nada
Que nunca soube nada
E talvez tudo
Haja no amanha
Do agora desconfigurado
Tudo certo na verdade
Seu falso respeito
Pelo excesso de vaidade
Minha tolerância
Não supera nenhum descaso
Muito menos sendo este educado
E no fim veremos
Que tudo a ser dito era
Fiquem calados…

Arcano

Não tenho segredos
Nem tenho palavras
Não posso te contar
Porque escrevia a carta errada
Letras desumanas
Das palavras de uma
Mente mal amada
Que por inquisição
Acha-se no direito
De ser única
E proposital ao acaso
Já que tal idéia
Não vim a ter de fato
E não disse aos ventos
Nem deixei a dor de feridas curadas
Voltarei ao futuro
De uma mentira fracassada
Com potencial decadente
Vilipendioso e leigo
Que talvez me tornasse
Em algo que não seria nem por engano
Sem perguntas sábias
Levando aos extremos
Piadas das ocasiões
Que já são sátiras
Mas não dei gargalhadas
Lembrei do que não disse
Quando pensei em dizer
Na hora errada
E agora é tarde
E não adiantara
De tudo que eu tente
Não sustentarei nada
Minha incerteza
Estava mesmo errada
O que faço agora
É vê-la distanciada
Lembrei do que não disse
Quando pensei em dizer
Na hora errada…

QUE SE FODA

Quanto mais eu tento andar
Mais e mais meu destino parece se afastar
Quanto mais eu olho para os lados
Menos e menos eu quero enxergar
Quanto maior se tornam seus erros
Aumenta minha vontade de acertar
Vejo seres vivos morrer
E isso só aumenta minha vontade de viver
Sou derrotado novamente
Mas não me rendo sem vencer
Tiram minhas armas
Ai estou pronto para guerrear
Não me dão mais esmolas
Começo a ter voz e pensar
E eu sou assim de propósito
Gosto de ver a carniça feder
Contrário suas certezas
Até você duvidar de você
É quando estamos fracos
Que temos que nos fortalecer
E do meio da sombra mais obscura
A luz mais intensa tende a nascer
Não te amo por ninguém
Odiar você
É que lhe quero tanto
Mas não me julgo merecer
Mais quanto mais eu perco
Mais peno por você
E quanto mais eu ando
Menos me pareço conhecer
Se disserem que não sei nada
Talvez seja verdade
Mas que se foda eu deixo pra lá
Existem coisas importantes
Para se preocupar
Tentar ser constante
Sem ter medo de errar
Eu quero que se foda
Eu quero que se foda
Eu quero que se foda
Dão-me um número
E me fazem esperar
Dão-me identidade
Para tirar minha liberdade
Mostram-me a beleza
Escondendo a indiferença
Eu quero é que se foda
Toda sua pompa realeza
Eu vim para desprezar
Sua nobre falta de nobreza
Eu vim para contrariar
Estou aqui para tirar sua certeza
E vou arrancá-la toda
Porque eu quero é
Que se foda…

Chuva

Ela só ira te molhar
Quem sabe criar
Uma falsa idéia
De falta de ar
Derruba as palavras do vento
E as levam nas enxurradas
Purificam o ar e refrigeram momentos
Não corra na chuva
As vezes se faz necessário transbordar
E a calamidade demonstra
A falsa verdade no olhar

Ela só ira te molhar

Não corra da chuva
Ela ira te ajudar
Não corra na chuva
Você vai deslizar
Junto às águas vou te levar
Na boca de lobo abrigo te dar
Fazer de minhas palavras úmidas seu novo lar
Não corra da chuva
Ela só ira te molhar
Caminhe com ela
Você vai gostar…

MINHA MENTIRA DA VERDADE

Na verdade você não é assim
Na verdade eu não sou assim
Na verdade não há verdade
A colhida é rala
Por isso o prato é redondo
Não tem cantos
Você não para
fala e fala
De olhos fechados
Suas palavras contam de nada
Na verdade não há errado
Apenas julgamos
O que não convém
Sem saber se existir verdade
Realmente quem é quem
E na cachoeira
A onde água sobe
Na ponta da terra
Onde caem os homens
No centro do cume
Do olho do furacão
Os olhos de vidro
Do sábio ancião
O povo perdido
O prazer da ilusão
Você quer abrigo
Mas finge que não
É tudo tão imundo
Nada tão bom
Tem algo a dizer
Mas não sei se devo ou não
Você tem medo de ver
O que tem se arrastado no chão
A poeira chega a você
Prenda a respiração
Mas não há nada
Alem das crenças exatas
O futuro incerto
Você caminhara por perto
A diferença é enorme
A verdade é que não há

PROCURA

O mundo da voltas
Talvez um dia
Eu me encontre
E trilharei
Um caminho sincero
Já sei como começar
Mas não sei por onde
Não gosto de retratos
Não gosto de recordar
A incerteza nasce
Quando se aprende a esperar
Queria que pedras fossem penas
Para que eu possa caminhar
Mas o mundo da voltas
E eu vou me encontrar
Às vezes vejo sentido
Nas coisas mais insanas
Tenho um tigre e guerreiros nas paredes
Não gosto de ser simples
Não sou como você
Você não é igual a eles
Se escurecer de repente
Pode ser apenas a noite
E se a luz não for a salvação
O sol a bater na janela então
Eu me encontrei será
Pode ser que sim, mas
Não vejo porque não…

O NOVO CAMINHO

O mundo é feito
De mentiras contadas
Por sábios anciões
Que não sabiam de nada
E desde os primórdios da terra
Procuramos Respostas para tudo
Por que na verdade
Não nos preocupamos com nada
E você senta na soleira da porta
E fica olhando movimento da vida
Pessoas que vão e vem, e mendigos
Implorando um pão um pouco de comida
Seus joelhos se dobram
Somente quando não há mais saída
Quando tudo parece estar perdido
Sua alma cansada de ser divida
Comece a pensar o que eu quero da vida
“Eu quero ser feliz ,eu quero ser feliz”
Mas não é só você quem quer isto não
Ajude ao próximo para ser ajudado irmão
Seus olhos remetem pro céu
E o azul é infinito
A lagrima escorre nos seus lábios
E você pensa é tudo tão bonito
Eu estava aqui parado esse tempo todo
Sem perceber que o caminho da vida
Sempre é começar tudo de novo
Mais uma vez, de novo
E você esta cansado ou cansada
Dessas mentiras mal contadas,
Em sua vida, e de sua alma ser dividida
Eu quero estar em um novo lugar
Mesmo que seja para não sair daqui
Que evolua então meu modo de pensar
Minha maneira de agir
Rasgarei as mentiras
Arrancarei as mangas da verdade
Vestirei conclusões regatas
E sempre terei certeza de tudo ou nada
Eu quero ser feliz, eu quero ser feliz
Você quer isto também eu sei
Quando não houver mais motivos para lagrimas cair
Quando somente for possível longe do mal sorrir
Ai estará quite
Não haverá nada
Nada de tudo
O que ti divide
Vamos acreditar
Que sempre existe um novo lugar
Dentro da gente
Uma nova forma de pensar
Um novo jeito de agir
A verdadeira forma de amar
É de amar?
O caminho é o amor?
Seja para onde você for
Para onde você vai?
Mude mas não
Perca a essência
Cresça, evolua
Mas guarde a inocência
Um novo lugar
Uma nova forma de pensar
Um novo modo de agir
A verdadeira face de amar
Do amor…