Não ter noção
É para mim vagamente,
Obviamente a única razão
Para realmente abdicar de qualquer razão
Toda certeza não passa de certa alucinação
Todo caminho é uma estrada
Para se perder no mesmo rumo sem direção
O caminho é um só, incerto e inseguro
Mas pode ser a única verdade
Tal ausência da mesma ilusão
Beleza na vida é o que adoça os olhos
E amargura a paixão
Pois toda rosa tem espinhos
E toda humanidade tem coração
É só algo para ver enfim e não sentir então
Sentimos algo que criamos talvez em vão
Seu nome amor que na verdade é compaixão
Muitos são tolos e só o conhecem
Em uma variação a única que pode lhes ferir
Aquela que abdica a silaba “com”
A eternidade é o ninho da efemeridade
De enfermos sedentos por vícios e vontades
Que renunciam a vida para se livrar da vaidade
Envenenando todas as mentiras reais
Por acharem que existe uma verdade
Além desta confusa e controversa realidade…