Bem vindos a minha mente, entrem e sentem-se

Bem vindos a minha mente

Cuidado para não se perder
Aqui as paredes se movem
E as palavras enlouquecem você
Como a poesia pode ser
Vivida verborragia da vida
A arte de transformar toda beleza
Em um anel possesivo
De destilar incertezas vagas
Sob o céu rachado
Da estrada de terra
Rumo ao destino perdido
Cansar de correr os mesmos riscos
Escrever possesso por um vício
De se perder dentro do próprio inconformismo
E negar a si mesmo abrigo, deixando-se no frio
Fundir passado, futuro e presente
Deixar todo amor decadente em um lapso
Depois torna-lo imortal como se fosse fácil
Ver beleza em flores e sacos plásticos
Bem vindos a minha mente
Tão fácil é aqui de se confundir de repente
Não reparem a bagunça e as coisas quebradas
Acontece que para mim a desordem é sacra
Eu não faço questão de ser compreendido
Nem peço respeito, inspiração não vem disso
Há quem saiba me deixar aturdido
E, Deus, como eu gosto disso
Distorção sempre será bom senso
Enquanto vivermos em um mundo distorcido
Bem vindos a minha mente
E alimente-se da sensação de perigo
Bem aventurados o povo sozinho
Procurando vestígios
Duvidando das questões incontestáveis
E queimando as provas para não serem respondidos.

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