O caos que te aceita

Eu aceito o caos

E tomo conta da tristeza

Pra ela não tomar conta de mim

E a alegria efêmera

Que se esqueça de esquecer-se de mim

Não me vendo a um mundo podre

Não sonho com um paraíso doce

Cago e ando para o inferno de horrores

Eu me pertenço

A vontade e o bom senso são meus senhores

Eu absorvo, reflito e ausento a ausência de todas as cores

Admiro tantos perfumes

Venero todas as flores

Realmente não danço a mesma dança

Pois não ouço os mesmos tambores

A massa segue as ordens de seus senhores

Em marcha obedecendo a seus sensores

A liberdade de se escolher

Opções que já foram escolhidas pra você

Tudo bem se você não quiser ver

Morra então em vão sem viver

Eu aceito o caos

Mas é o caos que aceita você

 

Escrito em Maio de 2012

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